claudemir pereira

O destino de Cida Brizola e o quinto partido de Jader Maretoli

Ninguém duvide: estão aí mais dois nomes que podem virar candidatos em outubro. E são cristãos novos em suas agremiações. No caso dela, a segunda. Já ele vai para o quinto casamento político. Saiba mais sobre o que está acontecendo com Cida Brizola e Jader Maretoli.

À DISPOSIÇÃO - Eleita em 2016 com 1.759 votos, e uma das surpresas daquele pleito, Cida Brizola fez uma boa legislatura, inclusive presidindo o Parlamento em 2019. Ainda assim, o povo resolveu não lhe conceder um novo mandato, dando-lhe insuficientes 1.110 votos e a segunda suplência pelo Progressistas (PP).

Descontente com sua agremiação, dela se retirou, e até havia rumores de que iria para o PSDB. Não virou tucana, mas, nesta semana, assumiu um novo partido, o recém-criado União Brasil (UB).

O UB, em Santa Maria, acolhe também os sobreviventes da debacle petebista, inclusive o ex-presidente Jair Binotto. Todos, porém, governistas no município. Em declaração de dias atrás, Cida Brizola não titubeou: "estou à disposição", referindo-se a um punhado de ações, inclusive possível candidatura a deputada (estadual?). Pois então...

QUINTO CASÓRIO - Que se diga: não falta história político-partidária ao pastor Jader Maretoli, desde que participou de sua primeira eleição, há menos de uma década. Sim, ele coleciona campanhas eleitorais desde 2014, quando concorreu a deputado estadual pelo PTB, até o ano retrasado, quando disputou a prefeitura pelo Republicanos. Houve, antes, duas tentativas ao Executivo, e por partidos diferentes - a anterior foi filiado ao Solidariedade.

Mas também não faltam siglas na história do político. No meio (ou no fim) do caminho houve o PSL, partido extinto pela fusão com o DEM e a criação do União Brasil. Aliás, Maretoli não aderiu à nova sigla. Mas não ficou a pé. Hoje é o líder maior do minúsculo (aqui) PSC. Troca o L de Liberal do falecido PSL pelo C de Cristão da sua nova agremiação. Ah, e ambas são do "Social".

Será que isso tem alguma importância nessa trajetória? Vá lá que tenha, não? Ah, e o que vem por aí? Claro que, muito provavelmente, nova candidatura, quem sabe a deputado federal, já neste ano. Tudo para oferecer palanque e militância pela candidatura a governador do empresário Roberto Argenta, maior liderança e verdadeiro 'dono' dos destinos do PSC e que quer porque quer ser governador do Estado.

ENFIM, que se diga: Cida Brizola e Jader Maretoli têm trajetória, posturas, atitudes e ideias políticas diferentes. Mas há algo que os une: a possível candidatura a deputado já neste ano. E a alguma coisa em 2024, por certo.

Na federação em que o PT será dominante, como fica o PC do B

Se há federação que se pode dizer garantida, entre as várias especuladas, está a que une PT, PC do B e PV. Há evidente predominância petista nessa aliança feita para, pela lei, durar quatro anos.

E em Santa Maria, como será? A coluna ouviu uma das partes desse grupo em vias de oficialização. No caso, o PC do B, segundo elo dessa corrente política em gestação. São três perguntas respondidas pelo presidente Alexandre Pahim. E uma manifestação, feita a pedido do colunista, do vereador Werner Rempel. Confira ambos, na íntegra:

Claudemir Pereira - Diante da iminente criação da federação de PC do B, PV e PT, como o senhor avalia a situação no ponto de vista santa-mariense. O que muda? Ou não muda?

Alexandre Pahim - A federação é uma novidade, durará obrigatoriamente por quatro anos, mas é absolutamente necessária. Portanto, daqui a dois anos, estaremos federados com o PV e o PT e essa é uma mudança substancial. Do ponto de vista ideológico, nada muda.

CP - Em relação ao pleito de novembro e as candidaturas proporcionais, como fica a indicação de Werner Rempel e de Maria Rita Py, na disputa para a Assembleia e para a Câmara?

Pahim - O Werner e a Maria Rita serão candidatos, mas ainda não está definida a posição de cada um. Mas ambos enfrentarão o pleito para ajudar a derrotar Jair Bolsonaro (PL).

CP - Estrategicamente, como o senhor, como presidente do PC do B, avalia qual será a situação do partido, tendo em vista sua manutenção como independente?

Pahim - O PC do B completou 100 anos na semana passada. Com certeza, nos manteremos independentes, embora federados com PV e o PT. A palavra de Werner Rempel: "O PCdoB, nestes dois últimos anos, debruçou-se sobre a formulação de um projeto de reconstrução nacional. Esse projeto foi baseado no Pensamento Nacional Desenvolvimentista, que publicamos num alentado volume de 600 páginas. Estamos discutindo, as políticas que formulamos, dentro da federação. Estamos nos esforçando para estar à altura dos desafios que a realidade nacional está nos impondo na atualidade."

Vargas fora do pleito de outubro. PP tem dois possíveis substitutos

João Ricardo Vargas (foto) não concorrerá mais à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 2 de outubro. O parlamentar comunicou sua decisão aos dirigentes do Progressistas (PP) em reunião há cerca de 10 dias. A informação é do presidente do partido, Mauro Bakof, que não esclareceu os motivos que teriam levado Vargas a desistir.

Dois nomes, o de Milton Caetano e o do terceiro suplente à Câmara, Francis Teixeira, estão postos para substituir o edil. A definição virá da convenção partidária, em julho. Bakof não descarta nem mesmo a possibilidade de ambos estarem na lista do PP ao parlamento gaúcho.

O que parece certo, até evidências em contrário, é que o primeiro suplente de vereador, Zaloar Soares, será mesmo o nome do Progressistas locais para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

LUNETA

AO PIRATINI

Ele ainda não confirma, mas parece mais que certo: o advogado Ricardo Jobim será mesmo candidato do Novo ao Piratini. Oficialização, quem sabe com o nome do vice, acontecerá ainda em abril. A informação, aliás, chancela o que se noticiou aqui ainda no mês de novembro. E é o retorno de Jobim às disputas eleitorais, ele que concorreu a vice-prefeito de Santa Maria em 2004, na aliança liderada por José Farret.

DOBRADINHA

Bolsonarista de primeira hora, Patric Luderitz, agora no Partido Liberal, confirma pré-candidatura à Assembleia Legislativa em outubro. Só o que não se sabe é se fará dobradinha exclusiva com o seu colega de agremiação, também recém-chegado ao PL, Ewerton Falk, que concorre à Câmara dos Deputados. E por quê? Ora, por conta do compromisso político-profissional (é assessor) com um já parlamentar.

TUCANOS

Quando tudo parecia certo, eis que o colunista é informado por fonte das melhores: não é beeem assim a candidatura de Givago Ribeiro (foto) a deputado federal. "Querem que ele seja; mas...". A pergunta é: como parece evidente que Admar Pozzobom tem a preferência tucana local para concorrer à Assembleia, o líder do governo na Câmara desistirá de concorrer? Tcham-tcham-tcham-tcham!

ALÍVIO

Que se diga, os tucanos santa-marienses não escondem o alívio. Embora ostentassem discurso otimista e de apoio a Eduardo Leite, e por ele fariam campanha, a última coisa que desejavam era ser contestados por apoiar candidato de outro partido. Assim, a permanência do governador no PSDB facilita a vida de todos, especialmente dos que têm pretensão eleitoral e não poderiam legalmente trocar de sigla.

PARA FECHAR!

No primeiro ano do mandato, foram dois meses. A tendência, ao que tudo indica, é a repetição agora, em 2022. Sim, o titular do mandato, Werner Rempel, abre espaço para a suplente, Maria Rita Py Dutra que, em abril, é a vereadora do PC do B no Parlamento municipal. É preciso reconhecer: há alguns antecedentes para essa postura, mas no presente, para não dizer que desapareceram, são muito raras.

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